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Chocolate Kinder Contaminado: após o alerta o chocolate começa a ser retirado na Europa

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Karina Michelin

Até o momento ao menos 134 casos de contaminação de salmonelas foram detectados na  Europa, ao menos 105 deles estão ligados a marca Ferrero de Arlon, no Sul da Bélgica. 

A empresa demorou a comunicar, e disse que a cepa havia sido detectada já em dezembro. No dia 8 de abril, as autoridades retiraram a licença de produção da fábrica. 

A Ferrero iniciou em vários países europeus a retirada preventiva para alguns de seus produtos preparados na fábrica de Arlon, na Bélgica, suspeitos de estarem contaminados com Salmonella. O alerta partiu do Reino Unido, onde, segundo a BBC, foram registrados 63 casos de salmonelose, a maioria em crianças menores de seis anos ( aqui ). A história começou em 6 de abril de 2022 com a decisão da Agência de Normas Alimentares de retirar alguns lotes de ovos Kinder Ferrero produzidos na Bélgica, por suspeita de contaminação microbiana por Salmonella no chocolate. A medida foi então estendida a vários países europeus para uma possível ligação com uma centena de casos de infecção por Salmonella Typhimorium. Outros 21 episódios foram relatados na França entre crianças com idade média de 4 anos, e publicados no site de saúde publica da França em 04 de abril Santé Publique France ( aqui ) .

O mais chocante foi o silêncio da empresa que disse ter detectado os primeiros casos desde  o dia 15 de dezembro de 2021 nas suas instalações em Arlon (Sul da Bélgica). 

A Ferrero tentou tranquilizar os clientes dizendo que “ os materiais e os produtos acabados  foram bloqueados e não foram entregues”, mas mesmo assim não foi o suficiente, não  impediu que 134 pessoas fossem infectadas. A fábrica será reaberta assim que for certificada pelas autoridades. Após esses eventos, a empresa decidiu adotar um recall voluntário também na Itália, em acordo com as autoridades nacionais de saúde. Trata-se de vários lotes de Kinder Schoko-Bons, vindos da mesma fábrica belga (para ver os lotes afetados na Europa clique aqui).

O escândalo veio a tona depois que as autoridades britânicas abriram uma investigação e recorreram a Ferrero.

A Test Achats organização dos consumidores em Bélgica, se pronunciou através de seu porta-voz a revista francesa Le VifL’Express

Parece que Ferrero queria manter o assunto o mais quieto possível: por um lado, por um lembrete excessivamente modesto, por outro lado, não relatando o problema a AFSCA ou tornando-o público. Para nós, isso é um sinal de que o sistema de automonitoramento não funcionou o suficiente neste caso.”

Por fim, L’Écho observa que a fábrica de Arlon é “estratégica” para a Ferrero, pois “exporta  nada menos que 98% de sua produção para cerca de cinquenta países, em todo o  mundo. Assim, soubemos nesta quinta-feira [7 de abril] que os lotes também foram  retirados de venda na Austrália. ”

Por enquanto, os casos notificados são 134 (105 confirmados e 29 em investigação) em 8 países da União Européia entre outros. Os países são: Bélgica, França, Alemanha, Irlanda, Luxemburgo, Noruega, Holanda, Reino Unido e Suécia. Na Itália, por enquanto, nenhum caso de Salmonella ligado a este surto foi relatado.

A Ferrero também está fazendo nos Estados Unidos um recall voluntário de sua variedade de Kinder Happy Moments Chocolate e a cesta Kinder Mix Chocolate Treats, porque poderiam estar contaminados com Salmonella Typhimurium. A retirada é por precaução, pois estes produtos são preparados em uma instalação onde a contaminação microbiana foi detectada, embora até o momento não haja relatos de doenças nos EUA. Nenhum outro produto Kinder no mercado americano está incluído neste recall.

Para perceber o quão relevante é este incidente, basta ler o relatório que a Autoridade Européia de Segurança Alimentar (EFSA) elaborou sobre este assunto. O surto é caracterizado por uma porcentagem extraordinariamente alta em crianças menores de 10 anos hospitalizadas – algumas com sintomas clínicos graves, como disenteria misturada com sangue. Com base em entrevistas de pacientes e estudos epidemiológicos analíticos iniciais, alguns produtos de chocolate foram identificados como uma provável rota de infecção. Os casos foram identificados utilizando técnicas avançadas de digitação molecular. Uma vez que esse método de teste não é realizado rotineiramente em todos os países, é possível que alguns episódios não tenham sido detectados.”

*Atualização, terça-feira 12-04-2022 às 13.24pm:

A FERRERO BRASIL entrou em contato com este site e se posicionou através de um comunicado:

POR: LUCCAS LIMA

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1 comentário em “Chocolate Kinder Contaminado: após o alerta o chocolate começa a ser retirado na Europa”

  1. Não existe comida em caixas, embalagens bonitas, feitas em fábricas, alimento é sempre natural!
    Eu aodro chocolate, mas não como mais essa imundície artificial nestlé, lacta, etc. tem uns dez anos, e não porque não gosto, mas porque NÃO COFIO NAS INDUSTRIAS ALIMENTÍCIAS!
    Se pegarmos as bloodlines dessas empresas alimentícias veremos que os donos delas são os mesmos das fármacos!
    A pfizer é siamesa da nestlé, TODAS são irmanadas!
    Assim minha sugestão é mais cara mas é válida, chocolates artesanais, tem muito chocolate bacana artesanal, inclusive os meio amargo e amargo, que na minha opinião são os mais fabulosos!
    Mas sugiro que só comam se forem gastar usando o corpo ou o cérebro de forma bruta, de outra forma sugiro a abstinência, pois chocolate não é alimento para o dia a dia, é mais um backup, algo como uma supervitamina, que só conpensa se usado em situação de exigência energética severa!

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