por: Luccas Lima
O que o presidente Lula e Macron tem em comum?
Ambos estão controlando os países que tem mais peso político e militar de seus respectivos blocos econômicos, ambos possuem uma ambição e a necessidade de serem adorados pelo povo, porém, nenhum deles é capaz de sair às ruas de seu próprio país sem ser vaiado ou agredido pela população.
Lula está enfim assumindo um papel de líder da paz, no conflito diplomático entre Guiana e Venezuela, ao mesmo tempo em que acusa Israel de massacre contra o povo palestino, o que levou a países aliados ocidentais o condenarem por ter escolhido apoiar o povo árabe, enquanto que Macron se absteve das manifestações pró-Israel para não ofender seus “eleitores”, uma vez que a França é o país com maior número de muçulmanos da União Européia.
Isso fez com que a direita ficasse ainda mais forte com tais atitudes tanto no Brasil como na França.
Macron quer ser líder militar da Europa e evoca que a França vive um perigo “existêncial”
Nas últimas semanas, o presidente francês Emmanuel Macron disse que não está descartado o envio de tropas européias na Ucrânia caso a crise venha se agravar ainda mais, ao responder por todos os países europeus, Macron causou preocupação nos países aliados e países como a Alemanha e Polônia, em nota disseram que repudiavam as palavras de Macron e que não foram consultados e que ele não deveria falar em nome de todos os países e que o envio de tropas em socorro a Ucrânia estava descartado.
Essa semana, contudo, o presidente francês voltou a dizer que o envio de tropas francesas não estava descartado caso a Rússia viesse invadir Kiev, capital da Ucrânia em uma entrevista televisiva na quinta-feira, 14 de março, e insistiu que a guerra na Ucrânia tem uma dimensão “existencial” para a França, devido a ameaça continua da Rússia.
A França é o único país da União Européia que possui armar nucleares, e na entrevista Macron disse que “a Europa está a se preparar mentalmente para uma evolução do que é aceitável em termos de ações militares…”
No site BFM, o jornalista político Gueorgui Bovt recorda que Emmanuel Macron deu a sua entrevista à televisão francesa um dia antes do seu encontro com o chanceler alemão, Olaf Scholz, e com o primeiro ministro polonês, Donald Tusk, em Berlim.
Segundo ele, o presidente francês, pretende aproveitar no quadro do triângulo de Weimar –
como é chamada a cooperação trilateral entre França, Alemanha e Polônia – a “vitória política”
que obteve na Assembléia Nacional durante a votação do Franco – Acordo de segurança
ucraniano.
A reunião de Berlim realizou-se num contexto de apoio crescente a idéia de Macron de enviar tropas a Ucrânia. O jornalista político também reforçou que depois do efeito surpresa, a posição da Polônia e dos países bálticos está a evoluir, e segundo ele “estes países dizem agora também que nada pode ser excluído e que não é Moscou quem decide as linhas vermelhas”.
O presidente francês também disse ao jornal Le Monde e Courrier International que “De qualquer forma, no próximo ano, vou ter que enviar rapazes para Odessa”. Todos esses relatos do presidente chegaram na imprensa Européia, e esta criando desacordo com a Alemanha e tensões ainda maiores com a Rússia que já entendeu o recado de Macron, agora basta saber qual desses dois países vai cruzar primeiro essa linha que levará há uma escala ainda maior do conflito.
Durante todo o final de semana, o assunto do conflito direto com a Ucrânia, assim como o uso de bombas nucleares foi comentado pela população, no dia-a-dia, como no trabalho ou até mesmo nos transportes públicos.
Sabemos que não demorará muito para que um conflito direto entre a OTAN e a Rússia aconteça, mas podemos afirmar que a única crise existencial que a França vem sofrendo a muitas décadas é o declínio da sua cultura devido a imigração desordenada, cuja a grande mídia decidiu omitir em nome do “politicamente correto”. Hoje o país é o que mais sofre com ataques terroristas e depredação a igrejas cristãs na Europa.
Lula esta sendo criticado inclusive pela mídia que tanto o defendia
A Folha de São Paulo destacou “Lula se apresenta como um arauto global a democracia e dos direitos humanos, mas há muito tempo é um fanático por ditaduras”. Para o site de direita O Antagonista, o presidente brasileiro, “cúmplice da tragédia humanitária que atinge todos os venezuelanos “, e age até “para perpetuar uma ditadura que oprime nossos vizinhos, nossos irmãos latinos”.
O Estadão também destacou o desejo de Lula de se aproximar do regime cubano e a sua posição ambígua em relação ao ditador nicaraguense, o ex-revolucionário Daniel Ortega e destacou que o presidente brasileiro “está na realidade procurando ganhar credibilidade como guia brilhante do Sul Global contra os “imperialistas americanos”. E acrescentou: “Para antagonizar os Estados Unidos, repreender o Ocidente e proclamar a sua vocação como salvador dos pobres e oprimidos na geopolítica internacional, [ele] arrasta consigo o Brasil e a sua política externa”.
O site português da rádio alemã Deutsche Welle, comentou “O presidente perdeu-se e está apenas tropeçando”, segundo ele “para seu terceiro e último mandado”. Já o jornal The Economist comentou que “as gafes de Lula estão manchando o brilho do Brasil”.
Essas foram as reportagens que fizeram criticas a Lula, que esta deixando uma imagem degradada do país a medida que ele se aproxima de governos autoritários como Cuba, Rússia, Nicarágua e Irã.
O abuso do poder de Lula e Macron
Enquanto Lula e o PT saem impunes graças ao STF, cujos juízes não foram eleitos pelo povo, e que deveriam estar neutros, vêm emitindo ordens de busca e apreensão a oposição de Lula, e perseguindo não só políticos, mas juízes, jornalistas e o povo por “crime de opinião”, esta tem sido a principal ferramenta da esquerda autoritária no país. Na França o presidente francês utiliza outra ferramenta para driblar a Assembléia Nacional, e fazer prevalecer sua vontade acima dos deputados que são representantes do povo, através do artigo 49.3 da Constituição, para forçar a passar a reforma na aposentadoria cuja a Assembléia e o povo eram contra – esse artigo permite passar uma lei sem voto na Assembléia Nacional, sendo considerado um abuso de poder pelo povo, o que levou a crise que mais marcou o governo de Macron, levando quase dois milhões de manifestantes nas ruas em várias cidades do país com uma população 3 vezes menor que a do Brasil.
No mundo Ocidental, onde nasceu a democracia, governos autoritários aproveitam de brechas e de falhas na Constituição para fazerem passar leis que afetam, perseguem e dão poder a líderes tiranos, fazendo com que muitos povos ao redor do mundo se perguntem se ainda há um governo realmente democrático.
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