O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta segunda-feira, 14, um conjunto de propostas de lideranças de esquerda da América Latina para uma desejada retomada do protagonismo dos países latino-americanos nos cenários regional e global.
POR: LUCCAS LIMA –
correspondente internacional na França
Na lista de sugestões apresentadas ao petista estarão a retomada da Unasul, grupo para coordenar crises regionais e articular políticas de saúde (está que também foi mencionada durante a reunião do G-20) e de defesa, de discussões para uma moeda única na região quando as condições macroeconômicas permitirem” e de uma “abordagem comum da dívida externa e do financiamento internacional” para os países menos ricos do continente.
Lançado pela recente vitória de Lula e pela ascensão de Gustavo Petro na Colômbia e de Gabriel Boric no Chile, sete ex-presidentes, incluindo Dilma Rousseff, onze ex-chanceleres, ex-ministros de Estado e petistas de proa como José Dirceu, Aloizio Mercadante e Tarso Genro, listaram o que consideram importante para uma nova fase de desenvolvimento do Brasil e dos países vizinhos, que inclui inclusive o ditador Maduro, sem levar em conta a
política-social do povo venezuelano.
Criada em 2008, a Unasul, cuja revitalização já havia sido aventada em relatório do think tank americano CEPR, perdeu relevância com a ascensão de governos de direita na região. Em sua nova reconfiguração, a entidade, para além das discussões sobre moeda e dívida, deveria, segundo os signatários da carta, atuar também para a produção e compra conjunta de vacinas, discutir políticas de mudança climáticas, retomar obras rodoviárias, ferroviárias e energéticas e celebrar acordos para uma “imigração ordenada”, tudo bem alinhado com a
Agenda 2030 da ONU.
Na carta a ser entregue a Lula também há recomendações para que Brasil, Argentina e México atuem de forma conjunta em desafios a serem apresentados pelo G20 – inflação alta está entre os mais relevantes – e para que a futura Unasul, se viabilizada, centre esforços em parcerias na área de segurança pública e acabe, por exemplo, com a exigência de consenso para deliberações no bloco.
“O potencial da América do Sul só pode ser realizado na medida em que os países que compõem a sub-região criem um espaço no qual possam se reunir, identificar projetos comuns e desenvolver iniciativa conjuntas. A reconstrução de um espaço efetivo de coordenação sul-americana é, portanto, urgentemente necessária”, diz trecho do documento citado pela Veja.( aqui )
Essas mesmas medidas mencionadas acima, foi a razão pela qual o Reino Unido resolveu deixar a União Europeia, pois mais saia dinheiro do país que entrava, isso também acontece com a Alemanha e França que financiam a União Europeia, e que faz com que o movimento Frexit, movimento inspirado do Brexit ganhar cada vez mais força na França.
Afinal, quem irá financiar a Unasul? A falida economia argentina? Claro que será o Brasil, a maior economia da América Latina, onde o real que futuramente deixará de existir para dar lugar a moeda socialista, que financiará os países mais pobres as custas dos trabalhadores e empresários brasileiros, sendo que o Brasil tem de tudo para ser um modelo de econômico forte como os Estados Unidos, o real é a moeda mais forte dos países em desenvolvimento, além de ter um mercado interno grande e possuir um mercado variado de bens e serviços,
ao contrário da maioria dos países da América do Sul.
Lula quer fazer o mesmo que ele vinha fazendo quando governava o país, financiar os países com os mesmos viés ideológicos, como ele fez com Cuba e Moçambique, construindo infra- estruturas modernas com o nosso dinheiro. A única coisa é que – agora ele quer oficializar isso.
O plano não irá parar na América do Sul, muito pelo contrário, ele deve seguir avançando até o México, formando o maior bloco socialista do mundo, o plano que não deu certo em outros lugares do planeta parece finalmente estar em andamento no nosso continente.