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Washington e Moscou trocam acusações perigosas sobre armas biológicas e a China interfere.

Karina Michelin

Karina Michelin

A guerra entre as potências mundiais continua, não só no campo militar e econômico mas também no terreno químico e biológico. A questão voltou em evidência nesta terça-feira (08) , durante uma audiência no senado americano da secretária de Estado – Victoria Nuland.

A Rússia acusou os Estados Unidos de realizar programas de desenvolvimento de armas químicas e biológicas na Ucrânia. A acusação veio diretamente da porta-voz do ministro das Relações Exteriores da Rússia – Maria Zakharova.

O Ministério da Defesa russo declarou: “Foram descobertas as provas de uma “limpeza” de emergência dos vestígios de um programa biológico militar em andamento na Ucrânia por parte do governo de Kiev, financiado pelo Departamento de Defesa dos EUA. Já podemos concluir que nos laboratórios biológicos ucranianos, nas imediações do território do nosso país foi efetuado o desenvolvimento de componentes de armas biológicas.”

Depois desta acusação, os Estados Unidos confirmou a existência de materiais biológicos no território ucraino. A resposta veio direto da Subsecretária de Estado americano Victoria Nuland durante uma audiência no senado americano presidida pelo senador republicano Marco Rubio.

O senador republicano perguntou a Victoria Nuland : A Ucrânia tem armas químicas ou biológicas?

A resposta de Nuland foi: “A Ucrânia tem instalações de pesquisa biológica, das quais, de fato, estamos preocupados mais porque as forças russas possam tentar obter o controle. Então, estamos trabalhando com os ucranianos em como eles podem impedir que qualquer um desses materiais de pesquisa caia nas mãos das forças russas .”

Marco Rubio então replicou: “Tenho certeza que você sabe que os grupos de propaganda russos já estão espalhando todo tipo de informação sobre como eles descobriram um complô dos ucranianos para liberar armas biológicas no país com a coordenação da OTAN. Se houver um acidente ou um ataque com armas biológicas ou químicas dentro da Ucrânia, você tem alguma dúvida de que os russos estariam definitivamente 100 % por trás disso?

Não tenho dúvidas senador, é a clássica técnica russa, de culpar o outro por aquilo que eles estão planejando em fazer ”, respondeu  Victoria Nuland. 

Ao saber da notícia, a China imediatamente se mobilizou por meio de seu Ministério das Relações Exteriores, solicitando aos Estados Unidos de revelar mais informações sobre os laboratórios biológicos que administra na Ucrânia, a fim de garantir sua segurança. O porta-voz Zhao Lijian disse em uma coletiva de imprensa que, “para a saúde e a segurança das pessoas na Ucrânia, áreas vizinhas e em todo o mundo, todas as partes interessadas devem garantir a segurança desses laboratórios”. (aqui)

Zhao Lijian continuou: 

Os Estados Unidos, como parte que melhor conhece os laboratórios, devem divulgar informações específicas relevantes o mais rápido possível, incluindo vírus arquivados e pesquisas que foram realizadas. As atividades biomilitares dos EUA na Ucrânia são apenas a ponta do iceberg. Qual é a real intenção dos Estados Unidos? O que exatamente ele fez? Estas sempre foram fonte de temores para a comunidade internacional” – concluiu o porta-voz chinês.

Zhao Lijian

Conforme escrito pela National Review ( aqui ), uma “instalação de pesquisa biológica não é o mesmo que uma instalação de pesquisa de armas biológicas“. No entanto, estas são estruturas potencialmente perigosas. 

O Pentágono na terça-feira chamou as alegações de Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, de “desinformação absurda” e hoje publicou um twitter afirmando que “Os Estados Unidos não tem laboratórios de armas químicas e biológicas na Ucrânia.” Desmentindo o que a secretária de estado americano, Victoria Nuland, havia afirmado diante do senado na terça-feira.

Importante ressaltar, que o Departamento de Defesa dos Estados Unidos controla 336 laboratórios biológicos em 30 países. Os Estados Unidos bloquearam por 20 anos a construção do Protocolo de Verificação da Convenção de Armas Biológicas  e se recusaram a aceitar inspeções de instalações biológicas dentro e fora de suas fronteiras, agravando ainda mais as preocupações da comunidade internacional. Agora, o pedido de explicações vem como uma espécie de ameaça, exatamente da parte dos dois principais gigantes do bloco eurasiano ( Rússia e China). 

A escalada continua, a cada dia surgem novas implicações perturbadoras e novas guerras de narrativas e informações falsas.

O jogo esta ficando cada dia mais perigoso. Se este é o nível da operação “diplomática” que esta acontecendo entre esses países diante dos nossos olhos, está claro que já estamos em uma guerra quente – e agora não será fácil sair dela. Tempos difíceis e tenebrosos estão se aproximando, só nos resta observar atentamente o próximo movimento no tabuleiro geopolítico. Uma coisa é certa: Nenhum país do Ocidente sairá ileso desta batalha

P.S: Olhos bem abertos na América do Sul ( especialmente Brasil) este será o alvo final.

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8 comentários em “Washington e Moscou trocam acusações perigosas sobre armas biológicas e a China interfere.”

    1. Argentina, aqui ao lado já foi particionada entre judeus e chineses, ambos estão tomando a patagônia!
      Procure sobre plano andinia.
      Mas em minha opinião, a escória europeia, micron, merdel, e toda a sucia europeia só não invadiram a amazônia porque Putin vetou, mas agora ele é vilão, e esses excrementos europeus vem babando.
      As “nações indígenas, controladas pela pior escória índia que pode existir, está sendo cooptada desde mais de vinte anos, graças ao dejeto fhc e collor.
      O povão tem que começar a ler, e não ler lçixeiras como revistas semanais, mas sim leitura de estratégia de guerra, pois é isso que poderá nos salvar!
      Si VIS PACEM, PARA BELLUM

  1. Porque da mesma forma que a planejada pandemia afetou as eleições dos EUA em 2020, a planejada guerra irá afetar as eleições no Brasil em 2022.

  2. Obrigado por sempre divulgar notícias muito importantes. Obrigado também pela visão e observações muito inteligentes.
    Nossa mídia, além de não divulgar estes fatos, se resume a um comentário infantil sobre essa guerra : o mais forte sobre o mais fraco, gerando unicamente pena e não conhecimento e compreensão sobre os envolvidos.

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Karina Michelin

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